Saturday, February 17, 2007

Longing to be there by Luciana



Saudades da areia clara...
Que queima a sola dos pés ao meio dia...
Da brisa leve...
Do sol que acaricia a pele até a ponta das orelhas arder...
Do cheiro de sal... bronzeador de cenoura... até do protetor solar...
Das conchinhas na orla...
Os sirizinhos assustados que se escondem com cada onda...
Ah... das ondas daquele mar...
O azul tão sereno... Comfortante... quase sorridente...
Que envolve, fascina, enfeitiça a gente...
As vozes misturadas dos passantes...
O riso das crianças...
A histeria dos jovens...
A prosa rejuvenescida dos velhos...
Unção paras dores de amor...
Tablado exuberante pro júbilo dos apaixonados...
Ah se eles soubessem quão grande privilégio lhes foi dado...
(Suspiro) ... Levada pelas saudades, minha mente todos os dias te visita...
Até eu puder ai estar...

By Luciana B. Vieira 17/02/07

Me? Attitude? Oh well... I am not ready to make nice!


Forgive, sounds good.
Forget, I'm not sure I could.
They say time heals everything,
But I'm still waiting

I'm through, with doubt,
There's nothing left for me to figure out,
I've paid a price, and i'll keep paying

I'm not ready to make nice,
I'm not ready to back down,
I'm still mad as hell
And I don't have time
To go round and round and round
It's too late to make it right
I probably wouldn't if I could
Cause I'm mad as hell
Can't bring myself to do what it is
You think I should

I know you said
Why can't you just get over it,
It turned my whole world around
and i kind of like it

I made by bed, and I sleep like a baby,
With no regrets and I don't mind saying,
It's a sad sad story
That a mother will teach her daughter
that she ought to hate a perfect stranger.
And how in the world
Can the words that I said
Send somebody so over the edge
That they'd write me a letter
Saying that I better shut up and sing
Or my life will be over

Forgive, sounds good.
Forget, I'm not sure I could.
They say time heals everything,
But I'm still waiting

Dixie Chicks

CANSADA de MENTIRAS!!!!!!!!


Parece que em todo canto que eu vou ultimamente, só escuto mentiras... O pior de tudo nem são as mentiras, mas a atitude da pessoa, quando é descoberta no ato... Como se você é que estivesse errado em levar ela tão á sério... E ainda passo por chata por achar que mentir é algo terrível....
AHHHHHHHHHHHHH!

QUAL A PIOR MENTIRA QUE VC ESCUTOU NOS ULTIMOS TEMPOS?

A aliança - Luis Fernando Verissimo


Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?

E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.

— Que coisa - diria a mulher, calmamente.

— Não é difícil de acreditar?

— Não. É perfeitamente possível.

— Pois é. Eu...

— SEU CRETINO!

— Meu bem...

— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria

— Mas, meu bem...

— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:

— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:

— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.

— O mais importante é que você não mentiu pra mim.

E foi tratar do jantar.